Cantor, compositor, músico e empresário.
O Connect@som foi a Duque de Caxias para conversar com a nova promessa da música gospel, Lelinho, que está lançando seu primeiro cd, Preço de Sangue.
01 – Como você começou na música?
Bem, primeiramente graça e paz
pra todos. Olha, desde que me entendo por gente, rsrs, me lembro , com cinco ou
seis anos de idade, enquanto minha mãe cozinhava e ligava o rádio alto nos
louvores, eu pegava latas e panelas e dois lápis e improvisava minha bateria. Aos
dez anos estava tocando com o ministério de louvor na igreja e nas praças. Aos
treze aprendi a tocar violão, que meus pais me deram, sou autodidata, e compus
minha primeira canção aos doze anos, uma canção bem bobinha.
02 – Quais são suas influências musicais?
Diversas. Só pra citar algumas. No gospel: Michael W Smith, Israel Hilton, Steve Curt
Chapman, David Crownder, Amy Grant, Jacy Velasquez, Turday, Jesus Culture. Nacionais:
Kleber Lucas, Pregador Luo, David Quilan, Fernanda Brum, Nívea Soares, Resgate,
Sinal de Alerta, Rebanhão, Novo Som. Secular: Eric Clapton, Eros Ramazzoti,
Lara Pausini, White Snake, U2, Djavan, Samba de Raiz, Luiz Gonzaga.
03 – Você é empresário, compositor e cantor. Como
você consegue conciliar tantas funções?
Olha,
tenho um projeto daqui a dois anos, em nome de Jesus, de ter uma produtora, um
selo independe com meu sócio e maninho Jr Mullen que acabou de ingressar na
IATEC. Procuro dosar os convites pras igrejas e eventos e como compositor mando
muita coisa via email para cantores diversos no Brasil.
04 – A música gospel, para muitos críticos, não é
uma música de qualidade. Como você vê essa questão?
Nessa questão, ela melhorou
bastante. O mercado está aí exigindo cada vez mais, porque todo mundo já ouviu de que essa coisa de louvar a Deus é o
que importa e tal; ora, se é adorar a Deus aí é que temos que fazer por
excelência. Meu próximo Cd será mixado e masterizado ou na Inglaterra ou nos
EUA, onde nomes tops da música mundial finalizam seus trabalhos. Tudo que for
pra glória de Deus e pra atender a um
público ávido por novidades e cada vez mais exigente eu aconselho a fazer.
05 - A música gospel cresceu muito nos últimos
anos, apesar das críticas quanto a conteúdo e qualidade. Como se dá esse
crescimento? Ele é positivo para as igrejas e para os ministérios? Esse “boom”
que colocou a música gospel na moda poderia de alguma forma ser prejudicial?
Assim, isso é uma questão
peculiar, muito pessoal, porém muito relevante. Depende do que quer cada
artista, banda, fazer com esse espaço permitido hoje na mídia. Se Divulgar? Ou
divulgar acima de tudo Jesus, influenciar positivamente mostrando para as
pessoas com vida e conduta de adorador, sabe, aí vai de cada um e do nível de
espiritualidade e consciência do que é o verdadeiro papel de um artista
evangélico na mídia. Se não perder o foco tudo bem. O foco, o alvo deve ser
Cristo sempre.
06 – A profissão de músico é muito desvalorizada
nos dias de hoje, em face ao preconceito generalizado da sociedade. Como você
enxerga esse cenário sendo empresário e músico? O preconceito realmente existe,
ou está condicionado a fatores como localidade, família, posição social e
outros?
Existe sim. Todos nós,
principalmente no início sofremos muito isso; porem isso acaba, ou está
condicionado a partir do momento que você ganha status e dinheiro, ou seja, as
pessoas acham ou tendem a achar que o sucesso musical é fama e grana, quando há
por aí histórias lindas de heróis resistentes anônimos que têm seu público
cativo e preserva o amor intacto pela profissão independente de criticas ou de
se ter o “grande sucesso”. A indústria americana musical vende e ilude bem as
pessoas onde mostra clipes em belos lugares luxuosos, cantores super bem
trajados em máquinas importadas rodeados de belas mulheres, só gente linda.
Sabemos que a verdadeira música pode levar a isso, mas ela, pra quem a ama,
está muito acima dessas vaidades.
07 – O mercado fonográfico sofreu grandes
alterações nas últimas décadas, com o aumento da internet. O que essas
alterações podem representar, positiva e negativamente? Quem seriam os maiores
beneficiados e os mais prejudicados nesse processo?
O ser humano é adaptável a
qualquer circunstância e tempo, não está sendo diferente agora pro mercado
fonográfico. Minha visão, falando como empresário é que a internet é uma
ferramenta poderosíssima de divulgação, a mais eficaz atualmente; só perde pro
marketing pessoal, aquele de boca a boca sabe; mas se o artista tiver cuidados
e souber aproveitar isso a seu favor, ótimo pra sua imagem e seu trabalho. Se
não, todo esse marketing positivo desejado pode se tornar em críticas,
chacotas, enfim, como acontecem em alguns casos. No ponto de vista do mercado (empresa
e gravadora) como parceria é fundamental usar esse tipo de ferramenta. O maior
beneficiado sem dúvida é toda a galera independente.
08 – Quem produziu seu cd? Como foi esta
experiência?
Ruan
Magalhães é um grande músico e produtor, toca com a nata da MBP e do gospel;
produzirá, muito provavelmente meu segundo cd também ano que vem. Um grande
profissional e bem criterioso e atento ao que está acontecendo no cenário
musical pelo mundo. Glória a Deus por tudo e por ele ter posto esse brother
talentoso no meu caminho; tenho aprendido muito com ele.
09 – Qual é a sensação de lançar seu primeiro cd e
quais são suas expectativas sobre tal evento, tão marcante para um artista?
Poxa, sensação de alívio depois
de três anos sabe, e muitas dificuldades, mas sei que foi importante pro meu
amadurecimento como pessoa, como servo de Deus e como artista; tem sido muito
boa a repercussão, graças a Deus, pra um iniciante como eu e espero que as
canções toquem os corações e levem uma atmosfera de Deus para os lares do nosso
Brasil e almas sejam ganhas em nome de Jesus. Minha expectativa comercialmente
falando é que este cd seja ponte pra novos caminhos na carreira pra um trabalho
ainda melhor pra glória de Deus. Faremos sim, alguns lançamentos simbólicos e
comemorativos deste cd atual “Preço de Sangue“, este ano.
10 – Qual sua opinião a respeito da adoração a Deus
em todos os ritmos (samba, forró, rap, rock...)?
Olha, acho lindo! Acho que representa
a quebra de dogmas, tabus, e religiosidade idiota sabe; tudo que tem fôlego, e
se repararem nos salmos, há vários instrumentos citados de corda, percussão, de
batuque, enfim. O que importa é adoração sincera, espontânea e independente de
um estilo ou ritmo, procurando fazer com excelência pro criador de tudo.
11 – Qual é a importância, para o músico
evangélico, congregar em uma igreja, sendo membro freqüente, dizimista e
ofertante?
Fundamental! Eu costumo dizer que
pra você querer ministrar você tem que ser ministrado, é necessário ser
submisso a liderança de Deus e de um pastor e um líder ministerial, posto por
Deus sem dúvidas; quanto dízimos e ofertas, é bíblico e legal termos, não só
músicos, mas todos termos essa consciência para estarmos debaixo de toda sorte
de bênçãos.
12 – como você vê o músico evangélico que trabalha
no meio secular?
Olha,
quanto ao mercado gospel a verdade é
que não respeitam nem um pouco os músicos. Eu sei que por sua vez os músicos
devem manter uma postura dentro das igrejas; sei que a imagem não é tão
positiva assim diante dos irmãos na igreja; porém a palavra diz que todo
obreiro é digno do seu salário. Cabe as lideranças ficarem atentas a músicos
sérios de conduta além da questão de ser um grande profissional em si e
valorizá-los. Já viu igreja sem música? Ou com um louvor ruim, de péssima
qualidade? Que chato! Então se ele tem suas contas pra pagar e não consegue
esse apoio financeiro no gospel, nas igrejas, nada mais justo do que, como
qualquer outro profissional ir ganhar seu pão de cada dia lá fora; assim como o
policial cristão, o médico, o advogado, professor, etc. Mas mesmo tocando lá
fora, deve se manter a ética e conduta cristã.
13 – Como sua família e sua igreja receberam o
lançamento de seu cd? Eles o apoiaram ou foram resistentes? A reação deles teve
alguma influencia na forma como você conduziu seu trabalho?
Abaixo de Deus meu pais são tudo
no meu ministério em termos de apoio. Minha igreja também entende meu
ministério. Meu pastor Washington da Paz e Vida Caxias 01 (sede regional), meus
maninhos de louvor de lá, meus manos da Paz e Vida Sede Nacional em Sampa,
Pastor Neilton e Pastora Elisângela me dão maior força até hoje, querem que eu
vá lá em Sampa divulgar esse trabalho atual na sede nacional. Bênçãos em minha
vida.
14 – Deixe um recado para todos os que curtem seu
trabalho e oram pelo seu ministério:
Deus abençoe sempre mais, que saibam
que sou ser humano com erros e acertos porem não abro mão da glória de Deus em
minha vida; Eu costumo dizer que não quero nem um tiquinho da glória Dele sabe rsrs.
Conto com orações sinceras pela minha vida. A minha vida é dele, pertenço a ele
porque me comprou com preço de sangue. Saltando, pulando de alegria ou se
arrastando, gemendo em meio as dores, fiquem firmes em Jesus. Graça e Paz. ; )
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